12 de Maio, 2025 10h05mAgro por Jardel Schemmer- Repórter Rádio Cidade 104.9

Rodrigo Dias: talento, tradição e sensibilidade na lida com cavalos crioulos

Natural de São Jerônimo, domador atua há um ano na Cabanha Prosperar, em Sede Aurora, interior de Quinze de Novembro

A rotina de Rodrigo Dias, 31 anos, mistura silêncio, paciência e técnica. Ele é cabanheiro e domador na Cabanha Prosperar, onde cuida, treina e prepara cavalos crioulos para competições morfológicas e funcionais. Com passagens pela Argentina e uma trajetória marcada pela tradição gaúcha, Rodrigo já soma prêmios expressivos em exposições e mantém o foco no maior objetivo: o Freio de Ouro. crescimento e evolução e a certeza de que a energia não será um obstáculo, mas sim um aliado no dia a dia.

Ser domador não é apenas montar e puxar rédea. É sentir o tempo do animal, interpretar reações, manter firmeza sem perder o respeito. Rodrigo Dias, 31 anos, sabe disso. Está há mais de uma década na lida com cavalos crioulos e hoje comanda a rotina da Cabanha Prosperar, localizada em Sede Aurora, interior de Quinze de Novembro. Foi convidado pelos proprietários Pedro Formentini e Cristiano Krug, que buscavam alguém com conhecimento técnico, disciplina e sensibilidade para assumir o cuidado dos animais. “O Pedro me ligou, disse que queria me mostrar a estrutura. Quando cheguei, vi que era coisa séria. Me acertei com eles e já estou aqui faz mais de um ano”, lembra Rodrigo.
Responsável por toda a lida da cabanha, ele organiza alimentação, faz a doma racional, acompanha exposições e prepara os cavalos desde os primeiros passos. Rodrigo cuida sozinho das sete cocheiras e conhece cada detalhe dos animais que ali estão. “Tudo passa pela minha mão: alimentação, cama, limpeza, treino e doma. Tem que cuidar como se fosse da gente”, diz. Os resultados comprovam o trabalho: prêmios morfológicos e classificações para as principais exposições do país já foram conquistados com menos de dois anos de atuação da equipe atual.
A doma, segundo ele, exige muito mais do que força ou técnica. “É paciência. É gostar do que faz. E respeitar o tempo do animal. Cada um é diferente. Tem cavalo que doma em três meses. Tem outros que leva um ano”, explica. Com experiência acumulada também na Argentina, Rodrigo traz referências de diferentes estilos e se mantém fiel à doma tradicional com bocal, respeitando o manejo antigo aprendido ainda na juventude. “É o que funciona. E funciona bem.”
Na Cabanha Prosperar, Rodrigo também acompanha de perto as estratégias de reprodução, como a inseminação artificial e a transferência de embriões, hoje práticas comuns entre criadores de ponta. Alguns dos produtos mais promissores da cabanha já nasceram desse processo e estão sendo formados com o mesmo cuidado. “A gente começa desde cedo, ainda na fase do incentivo. Manuseia no cabresto, amansa, prepara para o futuro. E quando chegam aos dois anos, começam a doma”, relata.
A rotina não dá folga. Mesmo em dias de chuva, a lida segue. Rodrigo sabe que cavalo bom precisa de constância, preparo físico, controle de alimentação e, acima de tudo, confiança no domador. Ele mesmo define as dietas dos animais, calcula o peso ideal, regula o ritmo de trabalho e identifica qualquer sinal de desconforto. “Não pode deixar passar nada. Tem cavalo que engorda demais, e aí prejudica a articulação. Tem que cuidar”, afirma.
Entre morfologia, passaportes e projeções para o Freio de Ouro, Rodrigo conduz com firmeza e clareza o que muitos resumem como “dom”. Mas ele prefere dizer que é trabalho — diário, sério e respeitoso. “A doma não é pra mostrar força. É pra fazer o cavalo confiar em ti. Só assim ele te entrega o que tem de melhor.”

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