01 de abril, 2024 10h04m Política por Redação Integrada Rádio Cidade de Ibirubá e Jornal O Alto Jacuí

Dileta solta o verbo e acusa Patricia Sandri e vereadores que assinaram CPI da Uvergs de perseguição

Em entrevista, a vereadora se defendeu do que chamou de loucura

O debate que se ampliou na semana passada sobre a criação de uma CPI na Câmara Municipal de Ibirubá para investigar gastos relacionados a um curso técnico da Uvergs que teve o boleto do valor de três inscrições enviado para a Câmara de Vereadores de Ibirubá, cobrando a participação da então secretária de Industria e Comércio Dileta Pavão das Chagas e mais dois assessores, um deles seu assessor particular, levou a vereadora do Progressistas à imprensa para  apresentar a sua versão dos fatos.

Em meio à controvérsia sobre um requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de Vereadores de Ibirubá, a vereadora Dileta Pavão das Chagas, do Progressistas, subiu o tom e acusou os colegas de legislatura de perseguição e falta de projetos para apresentar para a comunidade.  Em entrevista para o programa Tá na Mesa, da Rádio Ibirubá, a vereadora foi questionada sobre o boleto de cobrança ter sido enviado para pagamento para a Câmara de Vereadores de Ibirubá, sendo que ninguém de dentro do legislativo estava sabendo do curso. ''Ninguém pagou nada. Eles (Uvergs) mandaram a cobrança e eu não estou falando que foi por enganou. Ninguém pagou nada e nem inscrição'', afirmou. Sobre a presença de dois assessores, sendo um ligado a Secretaria de Industria e Comercio e outro seu assessor particular, a  vereadora afirmou que pagou do próprio bolso a despesa de hospedagem do seu assessor particular. ''Eu fui realmente no curso, mas ninguém pagou um real por inscrição nenhuma e não existe inscrição, porque não foi feita inscrição'', disse. ''Eles (vereadores) deviam pensar que eu também sou munida de informações, que eu também sou uma pessoa inteligente'', falou. A afirmação veio como forma de provocação para a  autora do requerimento da CPI que segundo ela é algo que não tem nenhuma legitimidade "Eu não era vereadora, eu não estava vereadora, eu sou vereadora, eu não estava vereadora. O que eles têm que ver com isso? Eu fui num curso no meu mandato de secretária. Isso aí é uma afronta contra a vereadora Dileta ou contra o prefeito? Quem me autorizou foi o prefeito", disse. 
Ela segue acusando a Presidente do Legislativo de perseguição. "Ela quer de qualquer jeito me incomodar. E ainda está sendo uma idiota, porque está sendo manipulada por alguém. E eu também sei quem é. Mas o problema dela, quem vai ter que acertar as contas vai ser ela, não vou ser eu." disparou.
Sobre a acusação de sua participação no evento da UVERGS, a vereadora afirmou: "Fui autorizada pelo prefeito a participar do curso e levei quem julguei conveniente, pois as despesas foram custeadas por mim." Dileta reforçou que não houve pagamento de inscrições,  ressaltando: "É injusto que assinaturas de requerimentos sejam utilizadas para permitir a presença de pessoas que não têm ligação com a Câmara em eventos como homenagens em Brasília'', disse Dileta, se referindo ao prêmio recebido pelo ex-presidente Zalo Bueno Gomes da Silva, que teria convidado um operário da prefeitura, seu cabo eleitoral, para ir junto de carro até Brasília, com diárias pagas pelo executivo. 
Além disso, a vereadora abordou a relação da câmara com entidades como a Famurgs e a UVB, esclarecendo: "A Câmara mantém vínculos com diversas organizações para promover o desenvolvimento do município. Não se trata de uma questão de comando, mas sim de cooperação entre os poderes Executivo e Legislativo para o benefício da comunidade." Ela refutou a ideia de duplicidade de cobrança e reforçou seu compromisso com a transparência e o interesse público.
Na quarta-feira (27) a vereadora Patricia Sandri esteve na Rádio Cidade Ibirubá para falar, entre outros assuntos, sobre a CPI. Ela esclareceu que os procedimentos adotados em relação aos cursos oferecidos aos vereadores e funcionários da casa são minunciosamente analisados pelos servidores técnicos da Câmara de Vereadores. Ela destacou a importância da transparência e legalidade nas atividades da instituição, enfatizando que os órgãos que oferecem os cursos devem estar em dia com suas obrigações legais, caso contrário a incrição não é realizada. Patrícia ressaltou que todos os cursos são previamente pagos e que os valores são devolvidos integralmente caso um participante não possa comparecer. Ela também afirmou não haver perseguição política em sua gestão e reiterou a necessidade de seguir os trâmites legais diante de irregularidades. ''Não foi circo nenhum, não é meu perfil fazer perseguição política com ninguém, eu estou há 8 anos na Câmara de Vereadores, eu nunca, nunca persegui vereador nenhum'', frisou. Três vereadores foram sorteados, conforme prevê o regimento interno, para compor a CPI: Jaqueline Brignoni Winsch e Zalo Bueno Gomes da Silva, ambos do Progressistas, e Jussara Rodrigues de Andrade, do PT.  Eles tem 30 dias, prorrogável por mais 30, para fazer a investigação e elaborar um relatório final para apreciação dos demais vereadores da casa. ''Desejo que a verdade real dos fatos venha a tona para verificar se a conduta foi errada ou não, por isso a abertura desse processo de investigação. Quem vai dizer se está certo ou errado é a soberania da Câmara'', finalizou. A presidente confirmou que vai retomar as transmissões ao vivo das sessões.

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