14 de Julho, 2025 09h07mEntrevistas por Jardel Schemmer- Repórter Rádio Cidade 104.9

Turismóloga relembra a trajetória da Rota das Terras Encantadas e destaca o potencial turístico da região

Aos 28 anos de criação da Rota das Terras Encantadas, Caroline Lopes tem muito a contar.

Aos 28 anos de criação da Rota das Terras Encantadas, Caroline Lopes tem muito a contar. Turismóloga e uma das protagonistas dessa história, Carol viveu de perto o amadurecimento do projeto que ajudou a transformar o Alto Jacuí em um território de atrativos naturais, culturais e econômicos. “Se hoje conhecemos minimamente os pontos turísticos da nossa região, é muito pelo trabalho da Rota”, reconheceua turismóloga.


Ela lembra que o projeto surgiu em 1997 por uma necessidade comum aos municípios: preservar suas identidades culturais e naturais enquanto fomentavam desenvolvimento econômico. “A ideia era simples, mas visionária. Começamos com pouco, mas com vontade de mostrar que havia riquezas aqui. E havia”, diz. Desde trilhas ecológicas até alagados e barragens, a catalogação dos atrativos foi o ponto de partida. Logo, os municípios perceberam que seus costumes, como a culinária alemã ou italiana, também eram produtos turísticos.
Hoje, a Rota é composta por 20 municípios e atua como departamento de turismo dentro do Comaja. Com apoio do poder público e de empreendedores locais, o projeto se consolidou e passou a oferecer mais que roteiros: oferece experiências. “As pessoas querem viver algo. Almoçar com a família em um lugar diferente, conhecer uma trilha nova, mergulhar na cultura local”, explica Carol. E isso tem gerado movimento e renda. “O turismo envolve mais de 50 setores. Não é só o hotel e o restaurante, é o posto, a farmácia, a loja, o supermercado”.
A digitalização também tem feito diferença. A Rota mantém redes sociais ativas e implantou totens informativos em todas as prefeituras da região. Eles funcionam como uma porta de entrada para turistas que buscam onde ir, o que fazer, quanto custa e onde se hospedar. “Estamos também fomentando eventos, divulgando o que acontece a cada fim de semana. Isso movimenta e fortalece os empreendimentos locais”.
Apesar do avanço, Carol reconhece gargalos. “Ainda temos carência de rede hoteleira, principalmente em eventos grandes como a ExpoDireto. Precisamos de mais investimento em hospedagem. Estamos buscando isso com o Observatório do Turismo, em parceria com o governo estadual”.
Ela destaca o crescimento de festas culturais como a Volksfest, a Blumenfest e eventos religiosos, que têm gerado intercâmbios com outras regiões e fortalecido a identidade local. “É importante que a gente se visite, conheça nossos próprios atrativos. Muita gente ainda não entrou num museu da própria cidade ou não conhece um restaurante local”, provoca.
O futuro da Rota das Terras, segundo Carol, passa pela união entre poder público, iniciativa privada e imprensa. “O turismo é uma engrenagem que só funciona com todos os setores juntos. O Rota é um elo, um hub, que conecta oportunidades e apoia quem quer empreender”.

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